quarta-feira, 16 de maio de 2007

Emmeline Pankhurst







Para as mulheres conquistarem o direito de voto, tiveram que percorrer um longo caminho. Tiveram que lutar contra os preconceitos dos homens que julgavam que as mulheres não serviam para absolutamente mais nada, a não ser, tratar da casa e dos filhos.
Pois bem, as mulheres sabiam que eram capazes de fazer tudo o que um homem conseguia fazer, como tal, começaram a formar-se movimentos, que tinham como primeiro objectivo, desde o pós-Revolução Industrial, lutar pelo direito do voto feminino.
Foi nos ideais democráticos de inspiração iluminista que as primeiras feministas encontraram algo de propicio às suas reivindicações: As mulheres não tinham uma participação activa na sociedade.





Este preconceito vinha já da Grécia Clássica, onde as mulheres não podiam exercer o direito de voto.
As sufragistas, como eram chamadas as primeiras activistas do feminismo, iniciaram no século XIX, em 1897, um movimento no Reino Unido a favor da concessão às mulheres do direito ao voto. Foi assim fundada a União Nacional pelo Sufrágio Feminino, por Millicent Fawcett. Este movimento inicialmente pacifico, questionava o facto de as mulheres serem consideradas capazes de assumirem cargos importantes na sociedade inglesa.
A maioria dos parlamentares de Inglaterra acreditava que as mulheres eram incapazes de compreender o funcionamento do Parlamento Britânico.
Ainda assim o movimento feminino ganhou e as suas activistas passaram a ser conhecidas por pertencentes à União Social e Politica das Mulheres. Este movimento (WSPU- Women’s Social and Political Union), fundado por Emmeline Pankhurst, pretendeu revelar o sexismo institucional na sociedade britânica.
Emmeline Pankhurst foi presa inúmeras vezes por pequenas infracções e inspirou membros do grupo a fazerem greve de fome. Mais tarde, foram alimentadas à força, o que fez com que ficassem doentes, o que veio chamar a atenção para a brutalidade do sistema legal. Tiveram algum sucesso com a aprovação do “Representation of the People Act” de 1918, que veio a estabelecer o voto no Reino Unido.
Com este pequeno sucesso, esta lei visava também inspirar muitas outras mulheres noutros países para que lutassem pelos seus direitos, principalmente, pelo direito ao voto. Por mais que a opressão feminina seja ainda uma cruel realidade em alguns países, as mulheres têm direito ao voto e à participação política ampla na maioria dos países do mundo. Embora em países como o Kuwait, por exemplo, haja ainda movimentos que reproduzem as mesmas lutas das sufragistas do século XIX, na tentativa de forçar o governo daquele país a mudar a suas legislação eleitoral e adoptar o voto universal em pleno século XXI.

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